Pode parecer estranho que Kiernan Shipka (Sabrina e O Silêncio) seja considerado por muitos como uma jovem talentosa e possa no final das contas ser apenas a atriz de 'um hit'. Desde sua explosão no estrelado, oscila entre produções medianas e fracas, no caso de 'Dezesseis Facadas' (Totally Killer) de Nahnatchka Khan parece arrancar algumas risadas, e é só isso mesmo.
Nahnatchka Khan mistura comédia com terror, viagem no tempo, uma homenagem ao gênero slasher e anos 80, o resultado é um filme mediano que nos traz algumas risadas, mas nem um pingo de medo. Khan repete com Randall Park (WandaVision e Meu Eterno Talvez) a dobradinha anterior quando fez sua comédia romântica para a Netflix com roteiro de Ali Wong (Aves de Rapina e Meu Eterno Talvez) no papel de Xerife.
Mas isto não é suficiente para a comédia ter seus níveis mais elevados, trata-se aqui de encontrar um meio termo entre o roteiro e as imagens gore, as piadas da época e o momento em que a personagem principal simplesmente não consegue compreender como tudo aquilo é possível sem nenhum tipo de recriminação pelo que foi dito.
Mas isto não é suficiente para a comédia ter seus níveis mais elevados, trata-se aqui de encontrar um meio termo entre o roteiro e as imagens gore, as piadas da época e o momento em que a personagem principal simplesmente não consegue compreender como tudo aquilo é possível sem nenhum tipo de recriminação pelo que foi dito.
Shipka grita bastante e com caras e bocas tenta atuar, entregando algo completamente desagradável, mas parece que tudo dá uma volta e acaba tornando-se bom, quando o filme mistura absolutamente tudo, entre referências de outros filmes como De Volta para o Futuro e Vingadores Ultimato.
O filme mistura viagem no tempo com terror, comédia e uma pitada de romance, põe em cena atores do nível C e B, trabalhando apenas com o núcleo conhecido por filmes duvidosos como Julie Bowen (Um Maluco no Golfe e A Vida Depois) e Lochlyn Munro (Inquietação e Todo Mundo em Pânico) consegue permanecer no elenco dos mais famosos, mas o resto não dá.
A história é sobre um serial killer que volta a atormentar a única sobrevivente de um massacre ocorrido anos atrás, suas amigas foram assassinadas com 16 facadas no corpo depois de dois dias. A mãe interpretada muito bem por Julie Bowen treinou a filha em artes marciais e diversas técnicas de sobrevivência e proteção, caso um dia esse pesadelo retornasse, já que este assassino nunca foi encontrado.
Justamente na data de 35 anos do caso, o assassino retorna e entra em combate com a mãe, que nessa cena lembra perfeitamente os melhores momentos de sobrevivência de Laurie Strode (Jamie Lee Curtis na Franquia 'Halloween'), mas infelizmente ela é assassinada. Sentindo muita culpa e remorso por ter brigado com sua mãe antes dela ter morrido, a personagem principal agora tem uma segunda chance, quando sua amiga - simplesmente do nada -, está construindo uma máquina do tempo.
Sabemos que isso tudo é ficção e que não há nenhum compromisso com a verdade, mas é simplesmente bizarro os recursos de roteiro que alguns utilizam como esses ''milagres'' vindos de jovens gênios tirando sucata não sei de onde, e basta isso para construir uma espécie de máquina do tempo para uma feira de ciências e retornar a 1987 quando o assassino mata as garotas.
Depois disso, é tudo muito pipocão e sessão da tarde, com direito a referências a cultura pop e situações no mínimo curiosas que farão a protagonista se questionar por qual motivo ela está fazendo tudo aquilo, será que o assassino realmente estava matando pessoas inocentes ou culpadas de alguma coisa?
Muita ação, muito grito - sim, tem grito demais, e algumas cenas até engraçadas, Khan nos consegue entregar um filme divertido, sem muita profundidade, mas que nos faz rir em alguns momentos bem toscos e sem explicação plausível. Soluções simples que aparecem absolutamente do nada, o típico filme que passaria sem problema na sessão da tarde.
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